quarta-feira, 7 de abril de 2010

RÁDIO E TV: EMBUSTEIROS OU PLEBE RUDE?

Quando aqui cheguei meados de 1979, trazendo na bagagem o sonho de ser repórter esportivo, encantei-me ao ouvir Jaime Bastos, Grimoaldo Soares, Guarany Jr, Chico Chagas, Agripino Furtado, Paulo Bahia, Luís Araújo, Redivaldo Lima, Ivo Amaral, Jurandir Bonifácio, José Maria Simões, Jucivaldo Nascimento, Jorge Dias, Carlos Castilho, Nonato Santos e a equipe de Edir Proença eu conhecia de vozes e nomes – Cláudio Guimarães,Ronaldo Porto, Parziale, José Lessa, Zaire Filho, Beraldo Francês, Belar Pereira , Carlos Estácio e Guilherme Guerreiro . Dava prazer ouvir essa rapaziada, na luta pela audiência esportiva, principalmente nos clássicos quando as “feras”, das três emissoras, eram escaladas para as coberturas. Como num time de futebol, no rádio esportivo sempre teve - e sempre terá – os bons e os rabos de cabra.
Inobstante ter uma equipe respeitadíssima, Edir Proença nunca deu bola para pesquisa do IBOP, e, por assim dizer, sua rádio – a PRC5 – era só traço, enquanto que Liberal e Marajoara disputavam palmo a palmo a audiência porque pagavam as pesquisas. Passados 30 anos houve um revertério: a Clube muda de direção e investe em material humano e pesquisa de opinião, enquanto que as concorrentes perdem seus melhores profissionais e passam por um estado estacionário.
Não sou do tipo que tudo que era bom era do meu tempo de criança, de jovem. Sou avesso a este lugar-comum e penso que a modernidade nos dá prazer e comodidade, embora nos faça raciocinar menos devido às facilidades de acessibilidade aos bens materiais, mas, como ouvinte de rádio, tento buscar nas minhas inquietações quais motivos levaram o rádio AM, em Belém, perder sua qualidade profissional e a alegria de comunicar através de uma linguagem nossa. Há quem esteja tentando incutir nos ouvidos dos ouvintes belenenses “clichês” surrados do eixo Rio-São Paulo que nada tem a ver com a nossa realidade cultural “paidégua” .
Francamente, tenho consciência que este texto pode mexer com as suscetibilidades dos donos e de alguns diretores das rádios em Belém do Pará, e que pode até me custar a cabeça, já que o meu nome na Clube é proibido de ser pronunciado (o Jurandir Bonifácio que o diga), mas anseio dia e noite prá ver as rádios Liberal e Marajoara, que passam por processos de mudanças de som e programação, se ombreando com a Clube, mas para que isso aconteça não basta transmissor potencializado: rádio é som e nome e vice-versa.
Quando o dono da GLOBO sonhou com um jornal televisivo nacional, na década de 60, contratou Armando Nogueira, que teve a visibilidade de buscar nas universidades do Rio e São Paulo novas cabeças pensantes. Nogueira fez a “peneirada” e aparou talentos e hoje o JORNAL NACIONAL é a locomotiva da mídia televisiva. E assim tem sido com os demais meios de comunicação. Não basta ser amigo do chefe, bonito ou ter um vozeirão, tem que ser talentoso.
Passei 15 dias em casa me recuperando de uma cirurgia ocular e me dediquei a ouvir rádio e vê TV e ganhei urticárias nos ouvidos de tanto ouvir verborragias. Um comentarista esportivo metido a bambambã, comentando um jogo de futebol na TV Cultura, soltou esta “preciosidade” gramatical: “menas verdade” . Égua, será que estou ouvindo direito? Perguntei-me. E o infeliz, na hora do intervalo, voltou a “borrar” pela boca.

MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO

Três dias antes do primeiro RE-PA do campeonato paraense, no dia 7 de fevereiro, os representantes de PSC e CR foram à Federação para a escolha da arbitragem. Pelo PSC, Ricardo Rezende, e pelo Remo, Júlio Lima. O Lenilson Pedro Paulo de Alcântara, coordenador da comissão de arbitragem paraense, procedeu o sorteio e o escolhido foi o paulista Wilson Luiz Seneme. Até aí tudo bem, se não fosse a indicação de um quinto árbitro conforme desejo do Lenilson.
Quando Ricardo Rezende ia deixando a casa, um “fififi”, que vive dentro da FPF, avisou o Popó que o Lenilson escalou Andrei Silva para ser o quinto árbitro. O representante do PSC voltou à sala da Comissão e pediu a escala completa e quando constatou a presença do jovem apitador, pediu ao Lenilson que substituísse o árbitro, no que não foi atendido. “Aqui quem manda é eu e o Andrei vai fazer parte do quinteto”, disse Lenilson, e o Ricardo subiu e foi à sala do vice-presidente da FPF, José Ângelo.
Passado alguns minutos, o Zé desceu e foi ter com o Lenilson, que retirou o nome do Andrei da escala daquele RE-PA, sem explicações.
No bar dos Traíras, aonde tomou um suco de maracujá, Ricardo Rezende disse que o Lenilson não teria futuro como coordenador da arbitragem paraense. E não teve porque bateu de frente com uma das “locomotivas” do futebol profissional do Pará.
Zé Ângelo é um homem metódico que não age sem antes pensar e com fidelidade canina aos amigos, principalmente àqueles oriundos da Assembléia Paraense, e aceitou ser um dos vices do Nunes, sem antes expor seu pensamento ao presidente da FPF, que está disposto a acatar as mudanças que começou com o Lenilson e que outras virão por aí. Tem gente na tesouraria da FPF sentindo o cheiro da perpétua.
Com relação aos representantes de CR e PSC , há uma diferença abissal de postura e conduta entre Ricardo Rezende e Júlio Lima. Coitado do Remo!

FINO NAVEGADOR

Sinceramente, nunca imaginei que eu pudesse ter pendor para ser internauta. Procurei fugi deste milagre da comunicação, porque sempre vivi rodeado de livros: para onde vou, levo-os; gosto de livros e me sinto bem sentindo o cheiro deles e com esses amigos tenho aprendido muito.
Faltando alguns meses para completar 60 anos, rendo-me aos conselhos de algumas gostosinhas, meus filhos e amigos que desejam ler, num blog, o que produzo e apresento na minha querida Rádio Liberal AM, nos programas METRÓPOLE EM ALERTA, de segunda a sexta-feira, das 9 às 10h., e na “praga” dominical, O BOLA NA ÁREA, das 12 às 15h. Depois de muito pensar e me preocupar com o fino navegador se vai lhe agradar ou não o que escreverei, eis que o amigo Hamilton Gualberto, o Crítico dos Críticos, advogado e jornalista diplomado, me dá a injeção necessária para que eu possa fazer parte deste Novo Mundo com o BLOG TUDÃO & TUDINHO. O Lucas, filho de um dos mais finos bicolores que eu conheci, Odilon Braga, sobrinho do Crítico, acabou me convencendo da difusa tarefa.
Meu fino navegador ou leitor deste blog, constitui para mim uma sensação nova na minha vida, uma graça, imaginar que o mundo todo sabe que eu existo através dos meus escritos. Do meu ato cognitivo. Eu penso, não acho - Quem “acha”, como comentarista, não tem convicção no que diz. Em Belém tem um infeliz comentarista que muito “acha” em seus comentários radiofônicos. Ouvi-lo é ruim, hein!?
Eu não sei como me apresentar: se como blogueiro ou jornalista ante um mundão de gente fina e exigente, todavia essa tarefa transfiro para vocês que poderão, através dos seus comentários, dizerem o que pensam sobre a invenção deste autor, que pode ser um blogueiro- passatempo ou jornalista –apostolado.
Não serei Stendhal, Sterne, Machado de Assis, Hernest Hemingwei, Graciliano Ramos ou Euclides da Cunha, quem sou eu para tanto, mas procurarei ser direto com as palavras, linear, blog mosaicado (que você pode ler do meio pro fim, do fim pro meio e vice-versa) e não escreverei nas entrelinhas. Serei direto e transparente como sempre fui como jornalista e radialista. Se este estilo não lhe agradar, paciência!...
Nesta terra todo mundo é jornalista e radialista, e, a bem da verdade, bem poucos se salvam: os colunistas são mais noticiaristas do que analistas dos fatos (ou por omissão, incompetência ou por serem amigo de todo mundo), os “latinhas” são mais propagandistas do que repórteres esportivos, quando hoje a tendência é a ampla discussão dos fatos. Quem se arvorou a discutir amplamente, em Belém, a verborragia de um tal Orlando Frade, que escreveu não sei aonde, que a torcida do PSC é “Gaycolor”. Quem é Orlando Frade? Pelo que sei tem um passado nebuloso como agente público deste Estado. Portanto, pode estar mais para fraude do que para frade.
Não é fácil ser verdadeiro e divulgar a verdade dos fatos. O BLOG DO TUDÃO & TUDINHO vai procurar trilhar este caminho, mesmo sabendo que há complicações quando se diz a verdade. Não pretendo ser o dono da verdade, nem ser mais sabido do que a sabedoria e nem mais inteligente do que a própria inteligência e nem pretendo estar acima do bem e do mal. Curtam TUDÃO & TUDINHO, e se gostarem, pensem num ser feliz; do contrario, perdoem-me pelas palavras desarrumadas.

José Maria Trindade Pereira